Coração acelerado, dor de cabeça frequente, péssima concentração para executar tarefas simples, entre muitos outros sintomas que você jamais associaria ao Burnout.
A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, como também é conhecida, é uma doença que se apresenta após uma pessoa passar por situações desgastantes no trabalho.
Essa doença surge devido ao excesso de trabalho vinculado à pressão do dia a dia e acomete, sobretudo, profissionais que desempenham uma jornada dupla ou tripla
Devido ao aumento nos casos de Burnout, desde o dia 1º de janeiro de 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS), passou a considerar a síndrome como uma doença decorrente do trabalho.
Se você tem curiosidade em entender sobre o assunto e como o Burnout acomete um indivíduo, confira o artigo de hoje.
Burnout vem do inglês e significa, em tradução livre, queima de fora para dentro, ou seja, fatores externos que resultam em pressão interna, na mente.
Dentre os diversos motivos pelos quais a doença pode se manifestar, metas abusivas e competição acirrada entre alguns colegas de trabalho, são exemplos.
Na maioria das vezes, determinada atividade ou função nem faz parte do escopo do colaborador, o que acaba fazendo com que este sinta-se incapaz ou sobrecarregado, pois, muitas vezes não consegue executar de forma correta o que lhe foi solicitado.
A repetição desses hábitos pode acabar resultando em graves estados depressivos, episódios de ansiedade e Burnout.
Você sabia que o país perde US$63,3 bilhões por ano devido aos afastamentos do trabalho causados por estresse e depressão?
Os dados são da Escola de Economia de Londres, e de acordo com o levantamento, o Brasil está em segundo lugar no ranking mundial sobre o afastamento devido a doenças psicológicas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, onde o estresse no trabalho é um problema de saúde pública.
Já o estudo da Associação Internacional de Gestão de Estresse estima que 32% dos profissionais brasileiros vão sofrer com o esgotamento no ambiente de trabalho.
Esse número é superior a 1/3 do total de trabalhadores do país que podem estar próximos de um colapso ou depressão.
Quando uma pessoa é acometida pelo Burnout, a primeira coisa que vem à cabeça é pedir demissão. Mas, antes disso acontecer, é possível cuidar da saúde como forma preventiva.
O primeiro passo a se fazer é definir estratégias para diminuir o estresse e a pressão do dia a dia no ambiente profissional.
Confira:
- Converse com as lideranças sobre os possíveis erros na gestão como forma de facilitar e melhorar o desempenho do time;
- Busque ajuda profissional de um psicólogo ou terapeuta;
- Sair da rotina é uma boa técnica de relaxamento mental das tarefas do dia a dia. Busque conhecer lugares novos ou pratique atividades que não estejam ligadas ao trabalho e que relaxem o corpo;
- E não esqueça: dormir é fundamental para recuperar o psicológico e o físico para um novo dia.
A melhor forma de saber se você está ou não com Burnout é buscar por um profissional de saúde mental. Só ele conseguirá distinguir os sintomas e o tratamento correto.
Não tente se automedicar, principalmente com remédios para dormir. Essa síndrome é séria e precisa de suporte correto para não desencadear outros problemas de saúde.
Busque manter a calma e não esqueça de respirar fundo.
Caso queira saber um pouco mais sobre esse assunto, confira a live da série AGIL Talks, realizada pela AGIL People Solutions com Mariana Holanda, Diretora de saúde mental, bem estar e diversidade da Ambev, na qual abordamos o tema e quais as políticas que as empresas podem adotar, visando o equilíbrio entre vida profissional e pessoal de seus colaboradores.